Num ecossistema cada vez mais competitivo, as startups que almejam escalar e conquistar investidores precisam se destacar não apenas pela inovação, mas também pela solidez jurídica. Em rodadas de investimento, especialmente a partir da fase Seed ou Série A, os investidores realizam auditorias rigorosas — o famoso due diligence. É aí que a organização e a proteção dos ativos intangíveis se tornam um grande diferencial, pois demonstram valor e seriedade da startup frente aos investidores.

O Valor da Propriedade Intelectual nas Startups

APIs, algoritmos, bancos de dados, imagens, textos, marcas e até mesmo a história da startup são ativos valiosos. Muitas vezes, esses elementos são o coração da inovação. E como garantir que esses ativos estejam protegidos contra plágio, uso indevido ou disputas futuras? Para além do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o INPI, órgão responsável por realizar uma variedade de registros de ativos intangíveis no Brasil, há um recurso moderno, eficaz e com crescente reconhecimento jurídico: o registro em blockchain.

Blockchain como Prova de Autoria: Reconhecimento Judicial e Segurança

A preservação de evidências em blockchain tem ganhado força no cenário jurídico brasileiro. Diversas decisões judiciais têm reconhecido a validade probatória desses registros, atribuindo-lhes valor similar ao de uma ata notarial. Ou seja, uma evidência tecnicamente sólida, com marca temporal (timestamp) e praticamente inviolável.

O grande atrativo? É um processo:

  • Rápido,
  • Econômico,
  • Seguro, e

Com uma pegada tecnológica que combina perfeitamente com o perfil das startups.

O Papel da Lei de Direitos Autorais Brasileira

É importante destacar que, conforme a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98), o direito de autoria nasce com a criação da obra, independente de registro. No entanto, em disputas judiciais, o registro pode ser um trunfo decisivo, servindo como forte evidência da anterioridade e autoria. Registrar em blockchain certos conteúdos pode blindar a startup contra futuras alegações ou tentativas de apropriação indevida por concorrentes ou até mesmo ex-sócios.

Alguns exemplos de ativos intangíveis que podem ser protegidos via Blockchain:

  • Códigos-fonte de APIs, por exemplo, que se distanciam dos registros de softwares no INPI;
  • Imagens criadas por IA,
  • Textos publicitários, literários e outros textos em geral,
  • Apresentações para pitch decks,
  • Conceito original do negócio.

No cenário atual, em que a segurança jurídica é sinônimo de confiabilidade, mostrar-se preparado pode ser o que diferencia sua startup aos olhos dos investidores. Ao adotar tecnologias como o blockchain para registros de direitos autorais, sua empresa transmite seriedade, inovação e comprometimento com boas práticas.

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